Acórdão nº 1.0153.11.010098-6/001 de TJMG. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 19 de Febrero de 2013

Magistrado ResponsávelHilda Teixeira Da Costa
Data da Resolução19 de Febrero de 2013
Tipo de RecursoApelação Cível

EMENTA: FAMÍLIA - PARTILHA DE BENS APÓS O DIVÓRCIO - IMÓVEL- EXCLUSÃO DA PARTILHA - AUSÊNCIA DE PROVA DE AQUISIÇÃO DO BEM DURANTE A CONSTÂNCIA DO CASAMENTO - REALIZAÇÃO DE BENFEITORIAS - COMPROVAÇÃO - RESSARCIMENTO DE 50% DOS GASTOS REALIZADOS COM A REFORMA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

- Comprovada a existência de benfeitorias no imóvel durante a constância do casamento, o ressarcimento de 50% dos gastos efetivamente realizados a título de reforma por aquele que permaneceu sob a posse com o fim do relacionamento, é medida que se impõe.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0153.11.010098-6/001 - COMARCA DE CATAGUASES - APELANTE(S): M.M.G.F. - APELADO(A)(S): G.A.F.

A C Ó R D Ã O

(SEGREDO DE JUSTIÇA)

Vistos etc., acorda, em Turma, a 2ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, à unanimidade, em DAR PARCIAL PROVIMENTO.

DESA. HILDA MARIA PÔRTO DE PAULA TEIXEIRA DA COSTA

RELATORA.

DESA. HILDA MARIA PÔRTO DE PAULA TEIXEIRA DA COSTA (RELATORA)

V O T O

Trata-se de Ação de Partilha de Bens, interposta por M.M.G.F., em face de G.A.F., requerendo, em síntese, a partilha, na proporção de 50% para cada parte, dos bens imóveis, descritos como "04 residências e um ponto comercial", construídos em um terreno, matrícula nº 19.153, perante o Cartório de Registro de Imóveis.

Citado, o requerido apresentou impugnação às fls. 75/90, defendendo, em síntese, a improcedência do pedido, sob o fundamento de que o mesmo foi adquirido e construído exclusivamente com os seus recursos.

A d. Juíza de primeiro grau, Christina Bini Lasmar, em seu decisium de fls. 110/115, acolheu a impugnação ofertada pelo requerido e julgou improcedente o pedido, decidindo o feito com resolução de mérito, nos termos do artigo 269, inciso I, do CPC. Ainda, condenou, a requerente, ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, fixados em R$ 622,00 (seiscentos e vinte e dois reais), nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, ficando suspensa a exigibilidade eis que litiga sob o pálio da assistência judiciária gratuita.

Inconformada, a autora apelou pelas razões de fls. 118/120, afirmando, em síntese, que a falta de registro não impede a partilha, que poderá ser realizada no plano obrigacional, ou seja, com cada uma das partes regularizando aquilo que lhe couber.

Defendeu que, o apelado, para ludibriar a Douta Magistrada a quo, anexou ao feito alguns contratos de compra e venda totalmente questionável quanto à sua autenticidade e...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT