Acórdão nº 1.0024.10.239784-1/002 de TJMG. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 26 de Febrero de 2013

Magistrado ResponsávelHilda Teixeira Da Costa
Data da Resolução26 de Febrero de 2013
Tipo de RecursoApelação Cível

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PEDIDO ALIMENTOS E PARTILHA DE BENS - ALIMENTOS - EX-ESPOSA - BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - VEÍCULO ADQUIRIDO APÓS SEPARAÇÃO DE FATO - EXCLUSÃO DA PARTILHA MANTIDA - FGTS - REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL - INCLUSÃO NA PARTILHA - VALOR DOS ALIMENTOS - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA - PRIMEIRO RECURSO IMPROVIDO - SEGUNDO RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

- É cabível o pagamento de alimentos para ex-esposa em virtude do dever de mútua assistência e da obrigação de alimentar entre os cônjuges, devendo o quantum ser fixado em consonância com a capacidade do alimentante e a necessidade daquela que pleiteia a pensão alimentícia.

- Os valores do FGTS cujo período aquisitivo se deu em coincidência com o casamento sob o regime da comunhão universal de bens há de ser partilhado.

- Não merece reforma a parte da decisão que excluiu da partilha o veículo Toyota Corolla, haja vista que o referido bem foi adquirido após a separação de fato do casal e através de financiamento pelo réu.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0024.10.239784-1/002 - COMARCA DE BELO HORIZONTE - APELANTE(S): J.M.A. PRIMEIRO(A)(S), M.B.F.B. SEGUNDO(A)(S) - APELADO(A)(S): J.M.A., M.B.F.B.

A C Ó R D Ã O

(SEGREDO DE JUSTIÇA)

Vistos etc., acorda, em Turma, a 2ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO PRIMEIRO E DAR PARCIAL PROVIMENTO AO SEGUNDO RECURSO.

DESA. HILDA MARIA PÔRTO DE PAULA TEIXEIRA DA COSTA

RELATORA.

DESA. HILDA MARIA PÔRTO DE PAULA TEIXEIRA DA COSTA (RELATORA)

V O T O

Trata-se de apelações interpostas em face da r. sentença de f. 655-666, prolatada nos autos da ação de divórcio litigioso c/c pedido de alimentos e partilha de bens, ajuizada por M.B.F.B.A. contra J.M.A., que julgou parcialmente procedente o pedido, fixando os alimentos pleiteados pela autora em 15% dos rendimentos líquidos do requerido. Partilhou os seguintes bens e valores, na proporção de 50% para cada uma das partes: - 01 apartamento de n. 302, localizado no edifício Monsenhor Bicalho, Rua Timbiras, n. 1929, Bairro Lourdes, nesta Capital, no valor de R$ 300.000,00; - 01 apartamento de n. 302, localizado no edifício Santa Terezinha, Rua Catete, n. 515, Bairro Barroca, nesta Capital, no valor de R$ 200.000,00; - 01 apartamento de n. 101, localizado no edifício Praiana, Avenida Maria de Lourdes Dantas, n. 305, Bairro Praiana do Morro, Guarapari-ES, no valor de R$ 65.000,00; 01 apartamento de n. 202, Bloco A, localizado no edifício João Severo, Rua Guilherme de Almeida, n. 416, nesta Capital, no valor de R$ 290.000,00; 06 lotes de n. 04, 05, 06, 08, 09 e 10, quadra 11, Bairro Jardim Canadá, Nova Lima-MG, no valor de R$ 70.000,00 cada; - veículo Mercedes Bens Classe A 190, placa GZI-0276, ano 2001, cor cinza, no valor de R$ 12.000,00; veículo Fiat Pálio Fire 1.0 Flex, placa HEW-2008, ano 2006/2007, cor verde, no valor de R$ 23.000,00; - 50% do valor referente à venda do veículo Renaut Scenic, placa GWD-1140, ano 1999/2000, cor cinza, vendido por R$ 13.091,00; - saldo existente nas contas bancárias das partes.

Em razão da partilha dos bens das partes, manteve-se o arrolamento deferido na cautelar anexa até o cumprimento da ação, com exceção dos veículos Renault Scenic e Toyota Corolla, tendo em vista que já foram desbloqueados, julgando extinto aqueles autos com enfrentamento de mérito.

Com relação ao incidente de impugnação à Justiça Gratuita, foi revogado o despacho de f. 8, em relação à concessão dos benefícios da justiça gratuita, julgando procedente o pedido de impugnação à assistência judiciária, eis que comprovou a autora ter o requerido condições de arcar com as custas e honorários advocatícios.

Em relação ao incidente de impugnação ao valor da causa, este foi julgado improcedente, mantendo o valor da causa atribuído nos autos da ação de divórcio.

Por fim, o douto Juiz a quo condenou as partes ao pagamento das custas processuais, em meio a meio, e verba honorária, fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em 50% para cada um...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT