Acórdão nº 1.0702.12.016304-4/001 de TJMG. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 20 de Junio de 2013

Magistrado ResponsávelHeloisa Combat
Data da Resolução20 de Junio de 2013
Tipo de RecursoAgravo de Instrumento Cv

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA - DESAFETAÇÃO DE ARÉA DO MUNICÍPIO - POLÍTICA MUNICIPAL PARA RESGUARDAR DIREITO SOCIAIS AOS MUNÍCIPES DE DETERMINADA REGIÃO - TUTELA ANTECIPADA PARA IMPEDIR A CONTINUIDADE DO PROGRAMA MUNICIPAL - AUSENTES OS REQUISITOS.

- Em sede de Agravo de Instrumento o julgador deve se ater, num exame sumário do caso, à presença dos requisitos indispensáveis à concessão da medida de urgência pleiteada.

- Ausente a prova inequívoca que dê respaldo ao convencimento do Julgador, deve ser indeferida a medida antecipatória.

- É essencial que os requisitos estejam cumulativamente presentes, sendo que, não restando configurado qualquer um deles, não há falar em antecipação da tutela.

- Preliminares rejeitadas.

- Recurso não provido.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CV Nº 1.0702.12.016304-4/001 - COMARCA DE UBERLÂNDIA - AGRAVANTE(S): MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - AGRAVADO(A)(S): MUNICIPIO DE UBERLANDIA

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a 4ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, à unanimidade, em REJEITAR AS PRELIMINARES NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

DESA. HELOISA COMBAT

RELATORA.

DESA. HELOISA COMBAT (RELATORA)

V O T O

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra a r. decisão do MM. Juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Uberlândia, que, nos autos da Ação Civil Pública, indeferiu a liminar pleiteada por não estar caracterizado o fumus boni iuris, conforme argumentos lançados às fls. 46/47.

Em suas razões recursais o agravante alega que o fumus boni iuris mais do que está presente no caso levado à apreciação do Poder Judiciário Mineiro. O ordenamento jurídico brasileiro, em especial, o art. 17, da Lei 6.766/79, não concede discricionariedade ao administrador público para negociar áreas que são destinadas à população como um todo, ao contrário, determina o seu inteiro cumprimento.

Afirma que se por ventura, numa sociedade ideal estivéssemos, e a cidade de Uberlândia está longe disto, imperiosa seria a oitiva da população acerca da negociação de uma área que lhe pertence. Frisa-se que, não apenas a população residente no entorno dessas áreas verde e institucional, mas de toda a cidade.

Aduz que o periculum in mora exorbita dos próprios fatos, eis que o próprio Município não nega a desafetação de áreas verdes e institucionais.

...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT