Acórdão nº 1.0000.13.019514-2/000 de TJMG. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 25 de Abril de 2013

Magistrado ResponsávelAntônio Carlos Cruvinel
Data da Resolução25 de Abril de 2013
Tipo de RecursoHabeas Corpus

EMENTA: "HABEAS CORPUS" - ROUBO MAJORADO - CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA - DECISÃO SILENTE ACERCA DE LASTRO CONCRETO COMO PRESSUPOSTO PARA A MANTENÇA DA CUSTÓDIA, À LUZ DO ART. 312 DO CPP - PACIENTE PRIMÁRIO E POSSUIDOR DE BONS ANTECEDENTES - IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO - ORDEM CONCEDIDA, COM RECOMENDAÇÃO.

HABEAS CORPUS Nº 1.0000.13.019514-2/000 - COMARCA DE BICAS - PACIENTE(S): KILBERT DE CAMPOS CARNEIRO - AUTORID COATORA: JD COMARCA BICAS

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a 3ª CÂMARA CRIMINAL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, em CONCEDER A ORDEM, COM RECOMENDAÇÃO, por maioria.

DES. ANTÔNIO CARLOS CRUVINEL

RELATOR.

DES. ANTÔNIO CARLOS CRUVINEL (RELATOR)

V O T O

Trata a espécie de Habeas Corpus, com pedido de liminar impetrado pela advogada Dra. Márcia Paula de Campos, OAB/110.155, em favor do paciente KILBERT DE CAMPOS CARNEIRO, preso em flagrante delito pela prática, em tese, do crime previsto no art. 157, §2º, do Código Penal, objetivando com o writ a concessão da liberdade provisória.

Sustenta, em apartada síntese, que a decisão que converteu a prisão em flagrante está desprovida de fundamentação válida, uma vez que não se vislumbra a presença dos requisitos autorizadores da prisão preventiva, previstos no artigo 312 do CPP.

Implora pela concessão liminar da ordem, e que, ao final, torne-se a mesma definitiva.

Liminar indeferida, à fl. 60.

A autoridade apontada como coatora prestou esclarecimentos, à fl. 64.

Manifesta-se a douta Procuradoria de Justiça, às fls. 66/68, pela denegação da ordem.

Assim relatados. Passa-se à decisão.

Ao criterioso exame dos autos, infere-se que o paciente foi preso em flagrante delito, no dia 23/12/2012, pela prática, em tese, do crime previsto no artigo 157, §2º, do Código Penal, e recolhido ao cárcere, lá permanecendo até então.

A força que mantinha o paciente segregado, é, pois, o flagrante regular, nos moldes do art. 302 e ss. do CPP.

De se consignar que o paciente foi denunciado, nas sanções do delito descrito alhures.

Por seu turno, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, em 05/01/2013.

Quando da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, a Magistrada o fez de modo absolutamente lacônico, sem qualquer supedâneo concreto que importasse no reconhecimento do advento dos pressupostos para a segregação preventiva, à luz do art. 312 do CPP.

Basicamente, dispôs o MM...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT