Acórdão nº 45509-3/2004 de TJBA. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Segunda Câmara Criminal, 23 de Abril de 2009
Magistrado Responsável | Luiz Fernando Lima |
Data da Resolução | 23 de Abril de 2009 |
Emissor | Segunda Câmara Criminal |
Tipo de Recurso | Apelação |
SEGUNDA CAMARA CRIMINAL
APELACAO CRIMINAL N"45509-3/2004
Comarca : Mini do Novo
Apelante : Jodo Rodrigues da Silva
Advogado : Viva/do Rodrigues da Silva
Apelado : Ministerio Publico
P. de Justica ;Adalberto Dorea
Relator : Juiz Convocado Luiz Fernando Lima
APELACAO CRIMINAL. ESTUPRO. PEDIDO
ABSOLUTORIO. AUSENCIA DE PROVA DO
ROMPIMENTO DO HIMEN. DISPENSABILIDADE.
DIMINUINCAO DA PENA. POSSIBILIDADE.
PROGRESSAO DA PENA. RECONHECIMENTO DE
OFICIO.
I - O crime de estupro consuma-se independentemente da ruptiira do himen da vitima, bastando para o reu seja condenado a prova do constrangimento da vitima, mediante grave ameaca on violencia, para praticar conjuncao carnal
II - No conflito entre as circunstancias judiciais favordveis e desfavordveis, mantem-se a pena no minimo legal, porque em consonancia a moderna doutrina penal deve-se aproveitar ao reu o beneficio de aplicagao da pena no minimo legal.
HI - A novel legislagao concedeu aos condenados por crimes hediondos a possibilidade de progressao do regime de pena.
i.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO, PARA
DIMINUIR A PENA APLICADA AO REU E
RECONHECER-LHE, DE OFICIO, A POSSIBILIDADE
DA PROGRESSAO DA SUA PENA.
ACORDAO
Vistos, relatados e discutidos a apelagao criminal n°45509-3/2004 da
Comarca de Mundo Novo, sendo recorrente JOAO RODRIGUESDA SILVA
e Recorrido MINISTERIO PUBLICO,
Acordam os Desembargadores integrantes da Segunda
Camara Criminal do Tribunal de Justiga da Bahia, a iinanimidade de votos,
conliecer e provir o recurso, para diminiiir apena do apelante, fixando-a em sete an os e seis meses, a ser cumprida em regime inicialmente fechado,
reconliecendo-lhe a possibilidade de progressao de regime.
Presentes os requisitos de admissibilidade, conhece-se do recurso.
No caso vertente, a principal irresignagao do reu e o fato da pericia nao constatar a ruptura do liimem para a caracterizagao do crime de estupro.
Leciona FEU ROSA que: "No estupro nao e necessdria a penetragdo integral do penis, muito menos exige-se o rompimento do defloramento "
(Direito Penal: parte especial, Sao Paulo, Editora RT, 1995, pdg. 546).
O exame pericial da conta da existencia de diversas "sinais de edema e rubor na vulva, sugestiva de traumatismo recente" (/Is. 06, verso).
O laudo reflete bem as palavras da vitima que em seu depoimento perante o Juiz a quo afirmou que:
(...) Que o Reu passou cuspe na perna da declarante; que o Reu teuton colocar openis na sua vagina (...)"(fl. 51).
Portanto, e incontrovertida a...
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO