Investimento estrangeiro pode chegar a US$ 65 bi Com crise e estagnação em países desenvolvidos, empresas de fora ampliam apostas no Brasil para este ano e 2012

Os números, apurados pelo Banco Central, mostram que os investimentos americanos - que de janeiro a junho do ano passado foram de US$ 2,536 bilhões - subiram para US$ 4,992 bilhões em 2011, alta de 97%. A Espanha pôs US$ 5,185 bilhões no país este ano, 1.250% a mais do que no primeiro semestre de 2010. Os japoneses investiram US$ 2,226 bilhões, contra US$ 441 milhões, alta de mais de 400%. O Reino Unido enviou 335% a mais, a Holanda, 429% e os irlandeses quintuplicaram.Também pesam decisivamente para o Brasil se firmar como o país das oportunidades as necessidades de investimentos em infraestrutura e logística, o gigantesco mercado interno, a disponibilidade de crédito e as elevadas taxas de juros, que estimulam a antecipação do ingresso de recursos, que podem render na ciranda financeira.Para o economista José Júlio Senna, da MCM Consultores, empresas de países ricos enxergam o Brasil como um mercado com perspectivas melhores, em termos de rentabilidade, já que têm hoje enorme capacidade ociosa em mercados como os EUA. Ajuda o fato de o país ter numerosos projetos em andamento, entre os quais o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).- Os investimentos tendem a ganhar corpo no momento em que as empresas têm lucratividade boa - disse Senna.Tanto o BC quanto o mercado apostam no crescimento dos investimentos estrangeiros este ano para, no mínimo, US$ 55 bilhões, contra US$ 48,5 bilhões em 2010. A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) prevê US$ 65 bilhões. Para 2012, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) espera US$ 53 bilhões, mesmo patamar deste ano. A Sobeet prevê cifra semelhante, de US$ 50 bilhões.- Não podemos prever o que acontecerá no próximo ano, por isso somos mais conservadores em relação a 2012 - disse o presidente da Sobeet, Luís Afonso de Lima.Investimentos são positivos para o controle da inflaçãoLima cita como vantagens do Brasil, em relação a outros mercados, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, para os quais são esperados cerca de US$ 50 bilhões; os investimentos no pré-sal e na indústria extrativa mineral; e, principalmente, a ascensão da classe média, que enche os olhos...

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