Obama adverte sobre consequências caso Síria não entregue armas químicas

O GloboNOVA YORK - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU que a crise na Síria está no cerne dos desafios da comunidade internacional. Ele lembrou do acordo feito pelos Estados Unidos e aliados com a Rússia, que prevê a destruição de armas químicas do país árabe, e advertiu que haverá consequências caso o regime de Bashar al-Assad não cumpra as condições. Ao destacar a política externa dos EUA para as instáveis regiões do Oriente Médio e Norte da África, Obama deixou claro que o país irá adotar ações diretas para eliminar as ameaças se necessário, e usará a força militar quando a diplomacia falhar. Sobre o Irã, o presidente contou ter orientado o secretário de Estado, John Kerry, a buscar um acordo nuclear e afirmou acreditar firmemente que "o caminho diplomático deve ser testado".- Minha preferência sempre foi por uma solução diplomática. Nas últimas semanas, os EUA, seus aliados e a Rússia fizeram um acordo. O governo sírio deu um primeiro passo. Caso o país não cumpra o prometido, deverá haver consequências.Obama disse ainda que a comunidade internacional não está agindo "à altura" do desafio e defendeu que o Conselho de Segurança aprove uma "resolução forte" para garantir o fim do uso de substâncias proibidas na Síria. Ele voltou a culpar as tropas leais a Assad pelo ataque com armas químicas de 21 de agosto. E disse que é um insulto sugerir que o bombardeio foi feito por alguém que não o regime.Ajuda de US$ 340 milhõesO presidente anunciou ainda uma ajuda humanitária de US$ 340 milhões à Síria, e apelou para que outras nações sigam o exemplo. Lembrando a intervenção americana em países do Oriente Médio, Obama descartou a expressão "império americano", mas defendeu a necessidade de agir quando a violência contra civis é extrema.- O perigo para o mundo não é os EUA não se envolverem em outros assuntos. O perigo é que os EUA se afastem, criando um vácuo que nenhum outro país é capaz de preencher. Temos a noção de que a expressão "império americano" não nasceu na política atual dos EUA. Mas em alguns casos, acredito que deixar nossa área de influência seria um erro. Acredito que o mundo vai se beneficiar disso. Alguns discordam. Defendemos não só nossos interesses mas os interesses de todos. Vamos investir nossa energia em países que investem em si mesmo. E haverá momentos que a violência contra civis será tão forte que a comunidade internacional será chamada a agir. E...

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