a arte japonesa invade o ocidente

Museus de NY, Paris e Londres destacam a rica produção do país para além da cultura pop dos mangás e animêsClaudia SarmentoCorrespondente em Tóquiosegundocaderno@oglobo.com.brVanguarda. Tela de Kazuo Shiraga (1958), do Gutai Group: dia 15, no Guggenheim de NYPós-guerra. "Upheaval" (1958), de Nakamura Hiroshi, um dos exemplos da experimentação que tomou conta da capital japonesa entre 1955 e 1970: em cartaz até 25 de fevereiro no MoMAMariko Mori. Obras como "Transcircle 1.1" ( 2004) estão na Royal Academy de LondresDivulgaçãoDivulgação/Aichi Prefectural Museum of Art, NagoyaDivulgação/ Ole Hein PedersenDois dos principais museus de Nova York - o Museu de Arte Moderna (MoMA) e o Guggenheim - se voltaram para os japoneses. Enquanto uma exposição no MoMA explora o impacto cultural da extraordinária transformação pela qual Tóquio passou após a Segunda Guerra Mundial, o Guggenheim se prepara para inaugurar a primeira grande retrospectiva de um dos mais influentes coletivos surgidos no Japão vanguardista, o Gutai Group. Diferentes períodos e estilos da arte japonesa também estão em cartaz na Pinacoteca de Paris e na Royal Academy of Arts de Londres. É uma invasão oriental.Em Nova York, o cenário é o pós-guerra. "Tokyo 1955-1970: a new avant-garde" (em exibição no MoMa até 25 de fevereiro) reúne 200 obras de 60 artistas. São nomes, das artes plásticas ao cinema, que representam a experimentação que tomou conta da capital japonesa uma década depois de ter sido arrasada pelas bombas americanas. Já o Guggenheim decidiu focar num único grupo, surgido na mesma época, com o Japão ainda marcado pelo trauma de Hiroshima. "Gutai: Splendid Playground", a partir do próximo dia 15, relembra a trajetória de um movimento que, entre 1954 e 1972, influenciou o Ocidente com instalações e performances radicalmente opostas aos conceitos artísticos tradicionais.práticas experimentaisEm outubro do ano passado, o Gutai, fundado pelo professor e crítico Jiro Yoshihara sob o slogan "Faça o que ninguém nunca fez", também foi tema de exposição na Galeria Hauser y Wirth de Nova York. Em Los Angeles, outra galeria cultuada, a Plum y Poe, abriu seu espaço em 2012 para o Mono-ha - mais um grupo japonês que ajudou a moldar a história da arte no pós-guerra, criando esculturas de materiais como pedra, areia e algodão.O interesse por nomes pouco conhecidos fora do Japão e por criações que fogem à febre da cultura pop dos mangás e animês tem explicação, acredita Alexandra Monroe, uma das curadoras...

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