Brasil sobe no IDH, mas educação patina

BRASÍLIA e RIOA escalada brasileira de quatro po sições foi o melhor desempenho no ranking no ano passado, segundo o Pnud. Os dados do IDH refletem o país de 2009 para a maioria dos indica dores. O Brasil melhorou em todas as dimensões do desenvolvimento: saú de, educação e renda. Apesar dos elogios aos avanços inegáveis do país em 40 anos, especialmente na última década, o Pnud ressalta que a per manência de desigualdades históricas - como as de renda e entre homens e mulheres - continua sendo um forte limitador do desenvolvimento.Quando o IDH brasileiro é ajustado para refletir a diferença entre os mais privilegiados e os mais privados de acesso a renda, saúde e educação, ele baixa para 0,509 e o Brasil cai 15 posições no ranking global, deixando o grupo de alto desenvolvimento no qual está desde 2007 para o de médio.Com mudança, país mais longe do topoAlém disso, o Pnud aprimorou sua metodologia, e isso expôs os enormes desafios que o Brasil tem pela frente na educação. Pelo cálculo antigo, nosso IDH era de 0,813. Na nova fórmula, esse número caiu para 0,699 - houve re dução para muitos países, porque os critérios que medem o desenvolvimen to se tornaram mais exigentes. Como o objetivo continua sendo chegar a 1, ou seja, ao topo, na prática o Brasil terá que suar mais a camisa para alcançar a Noruega, primeira colocada da lista e cujo índice é 0,938.- A grande característica do Brasil nos últimos anos, sobretudo desde 2000, é o avanços nas três dimensões. Na educação, chama atenção o au mento dos anos médios de estudo. Mas ainda restam desafios na melhoria da qualidade do ensino. Nos anos es perados de estudo para as crianças, há muito a ser feito - afirmou o eco nomista do Pnud e coordenador do Relatório de Desenvolvimento Huma no no Brasil, Flávio Comim.Para o aniversário de 20 anos, o Pnud alterou a fórmula de cálculo do IDH e os critérios de avaliação de renda e educação. No primeiro caso, o Brasil não foi afetado. Mas a substituição de taxas de analfabetismo e matrícula pela escolaridade - média de anos de estudo de quem tem mais de 25 anos e expectativa para as crianças matri culadas hoje - impôs um grande de safio. Ficou evidente que quantidade de pessoas que leem e escrevem e de crianças matriculadas não se traduz...

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