Cervejas brasileiras vão ganhar um novo padrão de qualidade

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no “Diário Oficial da União" ontem o texto para consulta pública da proposta de revisão dos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dos produtos de cervejaria do Mercosul, que regulamenta o setor no Brasil. O objetivo é reduzir a defasagem da legislação latinoamericana do segmento, em relação ao mercado internacional.Aprovadas as novidades, em breve os brasileiros vão poder degustar cervejas com mel e frutas, destiladas, com até 54% de álcool, sem falar nas envelhecidas em tonéis de madeira.A proposta mantém em 45% o limite atual de utilização dos chamados “adjuntos cervejeiros” (milho e arroz, entre outros), apesar dos pedidos da indústria para que o percentual fosse elevado a 50%. Além de impactar nos custos, as empresas argumentam que a utilização destes produtos ajuda a suavizar o sabor e torná-lo mais aceitável pelo grande público. Procurada pelo GLOBO, a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) informou que não vai comentar o assunto, pois o documento ainda requer uma análise mais detalhada.UM Texto de consensoAssessor da Diretoria de Fiscalização de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, o fiscal federal Carlos Müller diz que o texto é resultado de um consenso e deverá sofrer poucas modificações relevantes antes de ser levado à discussão pelo Comitê de Alimentos do bloco econômico sul-americano.— Houve uma participação expressiva dos envolvidos na produção de cervejas, mas alguns dispositivos poderão ser suprimidos ou acrescentados. Esse é o sentido da consulta. A proposta de revisão da lei tem o duplo objetivo de incentivar a inovação, com a possibilidade de uso de ingredientes e processos que não estavam previstos, e facilitar a fiscalização, ao esclarecer diversas dúvidas que existiam sobre as permissões e vedações — disse Müller.Para o presidente da Associação Brasileira das Microcervejarias (Abmic) e dono da cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, Marcelo Carneiro da Rocha, o assunto foi bem debatido em conjunto com o setor, no ano passado, e o resultado dos encontros se refletiu no texto.— Acho que está bem redondo, é uma iniciativa louvável. Seria bom que essas mudanças viessem antes de 2015, até por causa da Copa, mas isso não deve acontecer — lamenta.Conforme o GLOBO...

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