Condenação internacional

Onu, oea e ongs pedem investigação sobre mortes e cobram melhorias no sistema prisionalFernando Eichenberg, Jailton de Carvalhoe Leticia Fernandesopais@oglobo.com.brUrgência. Marcio Ronny, que tentou salvar a menina Ana Clara, de 6 anos, de ônibus incendiado no MA e teve cerca de 70% do corpo queimado, é transferido para GoiâniaZé RobertoOnda de violênciaPARIS, BRASÍLIA e RIOA onda de violência dentro e fora dos presídios no Maranhão gerou forte reação da comunidade internacional, que apontou problemas em todo o sistema prisional brasileiro. Além da ONU, que pediu ontem ações imediatas que restaurem a ordem no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, e a instauração de investigação "imparcial e efetiva" sobre as mortes ocorridas no presídio, a OEA, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch também condenaram os crimes e as violações aos direitos humanos.Por meio de um comunicado em que pede providências para reduzir a superlotação carcerária no país e defende "condições dignas para aqueles privados de liberdade", o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos lamentou "ter de mais uma vez expressar sua preocupação com a terrível situação das prisões no Brasil"."Estamos incomodados em saber das conclusões do recente relatório do Conselho Nacional de Justiça, revelando que 59 detentos foram mortos em 2013 no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, assim como as últimas imagens de violência explícita entre os presos", disse a ONU, ao exigir que sejam "tomadas medidas apropriadas para a "implementação urgente do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura sancionado no ano passado", e regulamentado há dois dias pela presidente Dilma Rousseff.A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) cobrou explicações formais do governo brasileiro sobre a explosão da violência em Pedrinhas e no Presídio Central de Porto Alegre. O Ministério das Relações Exteriores confirmou o recebimento do pedido de explicações. O governo deverá dar uma resposta até o fim deste mês. Se não for possível, poderá pedir prorrogação do prazo. Em dezembro, antes mesmo da onda de incêndios que resultou na morte de uma criança de 6 anos em São Luís, a Comissão Interamericana da OEA já havia enviado ao Itamaraty um pedido de explicações sobre a perda de controle do estado nos presídios de Pedrinhas e de Porto Alegre. A comissão quer saber por que o governo não consegue conter a crescente onda de violação de direitos básicos dos...

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