Indústria cresce só 0,7% e indica queda no pib no 3º trimestre

Aperto na renda provoca queda em vestuário e alimentosNice de Paulanice.depaula@oglobo.com.brA produção da indústria brasileira cresceu 0,7% em setembro, frente ao mês anterior, já com ajuste sazonal, informou ontem o IBGE. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado - os analistas previam, em média, uma alta de 1,3%. E veio depois de uma estagnação em agosto e de uma queda de 2,4% em julho, confirmando que a economia brasileira perdeu força no terceiro trimestre quando. Analistas já estimam que, entre julho e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) recuou.Os dados também mostram que o crescimento da indústria foi mais sustentado pelas medidas de estímulo do governo, como redução de impostos, do que pela capacidade de consumo da população. Setores mais influenciados pelo poder de compra dos consumidores tiveram queda. Foi o caso de vestuários (10,5%) e alimentos (0,4%). No conjunto, a produção dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve queda de 1,4%.Por outro lado, o segmento de bens de capital (máquinas e equipamentos) avançou 4% e os bens de consumo duráveis (grupo que inclui automóveis e eletrodomésticos) tiveram alta de 2,3%. A produção de veículos automotores cresceu 6,2% e foi a principal influência positiva do mês.- Os números dos bens de consumo semi e não duráveis, segmentos que têm sua evolução diretamente atrelada à renda, mostram claramente um desempenho negativo. Pode ter uma relação com uma renda menor, uma inflação mais alta, maior nível de endividamento das famílias e o mercado de trabalho que já não cresce como antes. E os bens de capital e de consumo duráveis foram dois segmentos favorecidos por medidas de...

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