Governo francês se divide em relação à deportação de estudantes estrangeiros

O GloboPARIS - Os protestos contra a deportação de dois estudantes estrangeiros que se espalharam pela França também dividiram o governo. Envolvido diretamente na questão, o ministro da Educação, Vincent Peillon, mostrou seu apoio a Manuel Valls, ministro do Interior, mas reconheceu que houve um erro na maneira como as medidas foram tomadas. Ele encurtou uma visita às Antilhas para regressar a Paris na noite desta sexta-feira. Leonarda Dibrani, 15 anos, foi presa pela polícia durante uma excursão escolar e mandada para o Kosovo no último dia9. Khatchik Kachatryan, de ascendência armênia e 19 anos, foi expulso no sábado depois de ter sido preso supostamente por furto.- Não devemos intervir nas escolas. É uma atitude que nunca aconteceu antes, evoca comoção. Não deve acontecer de novo.O presidente francês, François Hollande, não se pronunciou até ao momento sobre o caso, mas a sua companheira, Valérie Trierweiler, afirmou que certas fronteiras não devem ser ultrapassadas, e que "a porta da escola é uma delas". Mesma postura da ministra do Meio Ambiente, Cécile Duflot, que defendeu que "há valores e princípios no país".- Eu ouvi o que o primeiro-ministro disse. Parece que esta intervenção dentro da escola é um erro - afirmou em referência ao discurso do premier Jean-Marc Ayrault, que afirmou que se fosse constatado abuso da polícia no processo de expulsão, a família poderia voltar a França.Os manifestantes pedem a renúncia de ministro do Interior, que vem adotando uma postura dura em relação a imigrantes ciganos...

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