Espaço em branco para explicações

No anúncio do cartaz oficial, Valcke nega conflito por ter trabalhado para a CBF e diz que Fifa poderá investigar QatarPedro Motta Gueirospedromg@oglobo.com.brSímbolos. Fuleco. o tatu-bola mascote da Copa de 2014; a logomarca oficial do Mundial; e o cartaz da Copa de 1950, também no Brasil, que lembra um pouco o lançado ontem: imagens causam polêmicaFotos Divulgaçãocopa-2014Adiada por causa da tragédia de Santa Maria, a cerimônia de lançamento do cartaz oficial da Copa de 2014, que aconteceria na segunda-feira, em Brasília, com o início da contagem regressiva de 500 dias para o evento, ocorreu ontem no Rio sem motivo para celebrações. No desenho, criado pela agência Crama, a disputa de uma bola começa a formar um mapa do Brasil cercado por grafismos. Com a maior parte de cartaz em branco, os vazios são emblemáticos de um quadro que ainda precisa ser preenchido pelo trabalho das partes envolvidas na construção de uma imagem positiva do país. Depois da rejeição da opinião pública ao nome da bola (Brazuca) e do mascote (Fuleco), a apresentação da última peça publicitária oficial foi marcada pelo constrangimento muito além das questões estéticas.Em vez de festejar os avanços, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi obrigado a dar explicações. Na terça-feira, a revista "France Football" afirmou que o Qatar comprou votos no Comitê Executivo da entidade para sediar o Mundial de 2022. Ontem, a "Folha de S. Paulo" revelou que Jérôme recebeu US$ 100 mil de uma agência ligada à CBF para prestar consultoria à candidatura brasileira, no semestre em que esteve fora da Fifa, entre 2006 e 2007. Ainda como diretor de Marketing, Jérôme foi demitido por causa da quebra do contrato com a Mastercard, que impôs multa de US$ 90 milhões à Fifa. Depois, voltou para ser o maior executivo da federação, à frente das relações com governo e comitê organizador do país sede.- Estão criando uma grande história a partir de uma pequena coisa, ou de nada. Fui contratado por um empresa de São Paulo quando estava fora da Fifa e terminei meu trabalho quando me tornei secretário - disse, ao enfatizar que seu cargo não tem voto no comitê executivo, embora participe das reuniões, dando pareceres. - O presidente Blatter estava a par de tudo, não tenho que me justificar. Não há qualquer conflito de interesses.Fogo cruzadoO distanciamento que o cargo exige oscilou de acordo com a política. Enquanto o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira era aliado da atual direção, a Fifa referendou a maior...

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