Fiocruz recupera na Argentina obras furtadas

Janaína Figueiredo janaina.figueiredo@oglobo.com.brBUENOS AIRES, RIO e BRASÍLIA. Hoje, a Fundação Oswaldo Cruz vai recuperar as 26 obras literárias e imagens dos séculos XVII e XVIII, que tinham sido roubadas e foram apreendidas pela polícia argentina no início de 2007. Desde então, o material, considerado de um valor histórico inestimável, está guardado num cofre de uma agência do estatal Banco de la Nación Argentina, na cidade de Puerto Iguaçu, na fronteira com o Brasil. Após um longo processo judicial e, posteriormente, uma negociação entre os ministérios das Relações Exteriores de ambos os países, as peças finalmente serão repatriadas.Em outubro passado, um especialista da Fiocruz viajou até Puerto Iguaçu para analisar o material encontrado. No começo, estimava-se que o valor das obras era de R$ 300 mil. No entanto, segundo comentaram fontes que acompanharam este estranho episódio bilateral, é impossível saber o valor real das peças, pois fazem parte do patrimônio histórico nacional.Iphan alertou Fiocruz sobre o furtoAs imagens teriam sido retiras de livros raros, usados somente para consultas na Fiocruz, no Rio. A fundação foi informada sobre o furto por técnicos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que foram previamente avisados pela Interpol.- O roubo foi trabalho de profissionais, porque é muito difícil percebê-lo. Não levaram o livro inteiro, mas gravuras do interior de alguns livros - explicou a diretora do Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz, Ilma Noronha.Segundo ela, fazer o inventário das obras é difícil, porque é preciso folhear página por página. As gravuras roubadas são de plantas e animais, entre outras. Uma delas, de um felino...

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