Internet a pé na Coreia do Norte

Não há banda larga na Coreia do Norte. Ou, ao menos, não há banda larga do tipo que basta ter o dinheiro que pague a conexão, discar um número de telefone e contratar o serviço. É possível acessar a rede via satélite. Mas as antenas são ilegais. Há uma lan house na capital, Pyongyang. É pesadamente controlada. Nos hotéis que recebem dignitários internacionais, também é possível ter algum contato. Mas nenhuma mensagem sai por aquele acesso sem que algum funcionário do governo a leia. Só há um site cujos servidores estão localizados fisicamente no país. É o da Agência de Notícias Central da Coreia, que traduz tudo para inglês, francês e espanhol. (Endereço: http://175.45.176.14/)A internet é proibida para evitar que informação circule. Não por isso: segundo o "Korea Times", jornal sul-coreano, o ditador Kim Jong-il com frequência fala de como gosta de navegar pela rede. Alguns sempre podem tudo nas ditaduras.Num país em que tudo é tão fechado que ninguém sabe como é o mundo lá fora, uma saída sempre aparece. Ter computador em casa é legal. É preciso ter registro e não é todo mundo que consegue comprar. Só a alta classe média. São poucos, mas essa turma é a melhor porta de entrada para informação que está na rede, mesmo quando eles não têm conexão.Robert Boynton, professor de jornalismo da Universidade de Nova York (NYU), mapeou como a internet a pé funciona. A ideia é de Kim Heung Kwang, um professor de ciência da computação nascido na Coreia do Norte que fugiu em 2003. Ele fundou a ONG Intelectuais Solidários à Coreia do Norte, que reúne acadêmicos dedicados à difusão de informação no país. Seu primeiro projeto é um pen drive inteligente.Quem o coloca no computador lê a mensagem de que está vazio. Assim, se alguém é...

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