A psicopatologização da infância no contemporâneo: um estudo sobre a expansão do diagnóstico de 'transtorno de déficit de atenção e hiperatividade'

AutorDaniele de Andrade Ferrazza - Luiz Carlos da Rocha
CargoDoutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Assis-SP - Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do curso de Psicologia da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita ...
Páginas237-251
DOI:10.5007/1807-1384.2011v8n2p237
A PSICOPATOLOGIZAÇÃO DA INFÂNCIA NO CONTEMPORÂNEO: UM ESTUDO
SOBRE A EXPANSÃO DO DIAGNÓSTICO DE “TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE”
CONTEMPORARY CHILDHOOD PSYCHO-PATHOLOGIZATION: A STUDY ON
THE EXPANSION OF THE DIAGNOSES OF ATTENTION DEFICIT DISORDER
AND HYPERACTIVITY”
LA PSICOPATOLOGIZACIÓN DE LA INFANCIA EN LA CONTEMPORANEIDAD:
UN ESTUDIO SOBRE LA EXPANSIÓN DEL DIAGNÓSTICO DEL “TRASTORNO
POR DÉFICIT DE ATENCIÓN E HIPERACTIVIDAD”
Daniele de Andrade Ferrazza
1
Luiz Carlos da Rocha2
RESUMO:
A expansão da rotulação psiquiátrica não atinge apenas a população adulta, mas
também as problemáticas relacionadas à infância têm sido capturadas pelos
discursos e práticas do saber médico-psiquiátrico e transformadas em
psicopatologias que tendem a ser tratadas com o principal recurso disponibilizado
pela psiquiatria na contemporaneidade: os psicofármacos. este trabalho apresenta
uma reflexão crítica sobre a expansão do diagnóstico de transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade” (TDAH) em crianças e adolescentes e sobre a condução
de terapêuticas medicamentosas que a tem acompanhado. concluí-se que os
processos de psicopatologização da infância e de banalização da prescrição de
psicofármacos estão relacionados à supervalorização da concepção biológica do
sofrimento psíquico e a interesses econômicos dos grandes laboratórios
farmacêuticos que por meio de diversas estratégias influenciam as práticas médicas,
fatores que levam a exposição desses pacientes a possíveis efeitos colaterais e a
riscos de estigmatização que devem ser considerados.
Palavras-chave: Psicopatologização. Infância. Medicalização. Transtorno de déficit
de atenção e hiperatividade (TDAH).
1 Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Letras da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Assis-SP.
E-mail: danieleferrazza@yahoo.com.br
2 Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do curso de Psicologia da
Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),
Assis-SP. E-mail: lcrocha@assis.unesp.br
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não
Adaptada.

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