Em nome de um consenso

Sohaku Raimundo Cesar BastosRioConcordo com os médicos que reclamam da falta de estrutura em postos e hospitais do país, pois é realidade. Mas o médico tem de pensar em primeiro lugar no doente. Assim está no Juramento de Hipócrates. Se assim não o fosse não existiria o Médico Sem Fronteiras, formado por profissionais que abrem mão do conforto de suas vidas e vão para os lugares mais carentes do mundo, apenas com uma missão: salvar vidas. Mesmo sem maiores recursos. Por que os médicos brasileiros não podem, por R$ 10 mil por mês, tentar dar o seu melhor por aqueles que precisam? Uma vez estando lá, sendo contratados pelo governo, eles terão mais condições de cobrar das autoridades que destinem os recursos necessários para a estrutura necessária. E, mesmos com poucos recursos, salvarão vidas e minimizarão as dores de seus pacientes.Suely Niemeyer Lamarão de BarrosRioNuma faixa escrita por manifestantes médicos dizia que "não há falta de médicos e sim falta de salário". No mínimo, prepotência demais o médico achar que é pouco um salário de R$ 10 mil para fazer atendimento nos extremos do país. É, no mínimo, gaiatice com os demais trabalhadores, que recebem, em sua grande maioria, um salário mínimo. Já que acham tão pouco, por que não deixar os médicos estrangeiros atuarem e ocuparem este lugares descartados pelos brasileiros? Não basta a população, no desespero, ter que pagar consultas que muitas das vezes que chegam a R$ 500 por dez minutos?CLAUDIO CAMPOSRioA proposta de ampliar em dois anos os cursos de graduação em Medicina foi retirada pelo governo após a reação da classe médica. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu que em 2018 a residência médica seja obrigatória ao final dos seis anos e que toda a residência seja feita no SUS, obrigatoriamente, na urgência e na emergência. Novamente, a proposta não foi bem recebida, pois o presidente do CFM disse ser inviável duplicar o número de vagas de residência em cinco anos, e que a proposta apresentada coloca em risco a qualidade da formação. Onde o governo mexe, consegue estragar. A economia é outro exemplo.Izabel AvalloneSão Paulo, SPO governo está oferecendo um salário de R$ 10 mil para o trabalho no interior e nas periferias do Brasil. Os médicos protestam contra a proposta, pois querem melhores condições nestas áreas. Quem não quiser trabalhar com estas condições, tudo bem, agora impedir que o projeto avance não faz sentido. Quanto mais médicos nestes locais melhor, sejam brasileiros ou...

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