Paraísos fiscais dificultam rastreamento dos recursos

Hong kong e ilhas virgens britânicas são usados como plataforma de investimentosSÃO PAULOO ano de 2010 foi o divisor de águas na estratégia chinesa de fincar as bandeiras de suas empresas no Brasil. De acordo com estudo da Câmara Empresarial Brasil-China (CEBC), naquele ano os chineses despejaram no país US$ 13 bilhões, 20 vezes o valor acumulado em anos anteriores. Este número, porém, não aparece nos dados do Banco Central, que contabiliza os ingressos de recursos oriundos diretamente da China.A questão é que tanto as estatais como as companhias privadas chinesas usam paraísos fiscais - como Hong Kong, Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Cayman - para remeter investimentos. Isto, ressalta a CEBC, distorce os dados e torna difícil rastrear o dinheiro chinês pelo mundo. De acordo com o BC, o estoque de investimentos da China no país somava US$ 9,32 bilhões em 2011, último dado disponível.Assim, os números tanto da CEBC como da Heritage Foudation levam em conta dados que as empresas informam ao Ministério do Comércio da China e informações do governo de Pequim e das próprias empresas. "As estatísticas refletem projetos aprovados pelo governo, em vez de fluxos de capital", diz a CEBC.Um exemplo foi a compra pela chinesa Sinopeq da...

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