Pessimismo no cenário externo faz dólar subir a R$ 2,28; Bolsa se desvaloriza

O GloboSÃO PAULO - Em dia de aversão ao risco no cenário internacional, investidores vendem ações e compram dólares. A moeda americana se valoriza frente ao real e às 14h30m, a divisa apresentava alta de 1,82%, negociada a R$ 2,284 na compra e R$ 2,286 na venda, a maior cotação desde o dia 6 de setembro quando a moeda americana fechou a R$ 2,304. Na máxima do dia, o dólar comercial foi negociado a R$ 2,295 (alta de 2,22%) e na mínima bateu em R$ 2,249 ( valorização de 0,17%).- O quadro externo pessimista mais pessimista hoje pesa sobre o dólar. As Bolsas europeias recuam com previsões ruins sobre o crescimento econômico e o euro atinge as mínimas dos últimos meses. Isso faz o investidor buscar a segurança do dólar, que se valoriza no exterior e aqui - avalia João Medeiros, sócio da corretora de câmbio Pionner.Além disso, o mercado está à espera da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que acontece na sexta-feira, assim como o Produto Interno Bruto (PIB) referente ao terceiro trimestre, na quinta. Esses dados podem influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, sobre os estímulos à economia. Parte do mercado acredita que o Fed poderá começar a reduzir os estímulos à economia já em dezembro e não mais em 2014 se os indicadores saírem positivos.Por aqui, o dólar se valoriza mesmo com o Banco Central tendo feito mais um leilão de swap cambial tradicional, operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. O leilão faz parte do programa de intervenções do BC anunciado em agosto. Foram ofertados 10 mil contratos com vencimentos em 1º de abril de 2014 e 2 de junho de 2014, o equivalente a US$ 497,2 milhões.No mercado doméstico, as preocupações com o déficit fiscal estão na pauta. O temor é que o país possa perder o grau de investimento das agências de classificação de risco. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse em entrevista que a política fiscal está sob ataque especulativo. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou a uma agência de notícias, que o governo começa a retirar os estímulos à economia a fim de melhorar o resultado fiscal.- A perda do grau de investimento poderia precipitar a saída abrupta de recursos externos aqui alocados por impedimentos normativos dos fundos de investimentos estrangeiros. E, naturalmente, isto passa pela apreciação do câmbio - escreve em relatório o sócio da corretora NGO, Sidnei Nehme.Nehme lembra que houve a correção da taxa cambial...

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