Petrobras e Vale sobem e impedem queda da Bolsa; dólar volta a cair e vale R$ 2,36

O Globo

SÃO PAULO - O dólar comercial volta a se desvalorizar frente ao real, após o Banco Central realizar o segundo leilão de contratos de swap cambial para rolagem de papéis que vencem em abril. Às 13h11m, a moeda americana recuava 0,04%, sendo negociada a R$ 2,364 na compra e R$ 2,366 na venda. Na mínima do dia, o dólar recuou a R$ 2,360 (queda de 0,29%), enquanto na máxima foi negociado de R$ 2,375 (alta de 0,33%). Pela manhã, quando o BC realizou seu leilão regular de venda de contratos de swap cambial, o dólar também perdeu força frente ao real. O dólar subiu nas últimas quatro sessões frente ao real.

No exterior, a moeda americana se fortalece frente a divisas de países emergentes com os investidores cautelosos à espera da divulgação da produção industrial na China. Um número mais fraco pode sinalizar que o país não terá fôlego para crescer os 7,5% previstos pelo governo para este ano.

Pela manhã, o Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, e ofertou 4.000 contratos de swap cambial tradicional, uma operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos US$ 197,8 milhões. Às 11h30m, o BC também fez mais um leilão para rolar parte dos contratos de swap cambial que vence em 1º de abril. Foram oferecidos 10 mil papéis com vencimento em 2 de janeiro e 2 de março de 2015, no total de US$ 500 milhões. Todos os papéis foram vendidos.

Para o economista e sócio da corretora de câmbio NGO, Sidnei Nehme, com o início da rolagem de contratos de swap cambial que vencem em abril, pelo Banco Central, além dos leilões regulares, o dólar tem caído frente ao real logo após as intervenções, mas retoma a tendência de alta depois.

- Ontem, o preço da moeda americana abriu em alta, caiu até R$ 2,34 e após o leilão subiu até R$ 2,3590, buscando sua tendência normal no período da tarde quando subiu até o intervalo entre R$ 2,36/R$ 2,365. Nem a perspectiva de eventual ingresso da captação de US$ 8,5 bilhões da Petrobras é suficiente para mexer nas perspectivas, pois este montante poderá até ficar no exterior em face de compromissos da empresa. E, se ingressar, poderá ser de forma gradual na medida da necessidade de caixa da companhia, sendo mantido no exterior como "disponibilidades" - diz Nehme.

Para ele, a captação da Petrobras vai influenciar estatisticamente o resultado do fluxo cambial, mas poderá não ter efeito na liquidez do mercado.

Para o economista, em algum momento, no curto...

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