Pragmatismo e o válido conhecimento prático em William James

O pensador norte-americano William James nasceu em Nova York no ano de 1842. Estudou nos Estados Unidos e na Europa. Graduou-se em Harvard, em 1869, quando terminou o curso de medicina. Travou sólidas relações de amizade com Charles Sanders Peirce e com Oliver Wendell Holmes Jr., com os quais se reunia no Metaphysical Club.

Viveu muitos anos atormentado pela ansiedade e pela depressão. Lecionou fisiologia, psicologia e filosofia, sempre em Harvard, além de ter feito várias palestras em Boston. James começou a sofrer do coração em 1898, morrendo em 1910. Quadros depressivos eram recorrentes na família de William James. É talvez esse pano de fundo que tanto tenha colaborado na formação de William James, como fino observador da alma humana.

William James reputava a filosofia como “a mais sublime e a mais trivial das empreitadas humanas”. Admitindo a inserção do pensamento filosófico em todos os campos da experiência, James afirmou que a filosofia “opera nas brechas mais estreitas e se abre para os mais vastos horizontes”.

Realista, ponderou que a filosofia “não enche barriga (...) mas pode inspirar nossas almas com coragem”. Na impressão de William James, necessitamos da filosofia na medida em que “repelente como suas maneiras, suas dúvidas e desafios, seus sofismas e dialéticas frequentemente o são para gente comum, nenhum de nós pode prosseguir sem a luz longínqua que espraia pelas perspectivas do mundo”. Em tom apocalíptico acrescentou que “esses clarões, pelo menos, e os efeitos contrastantes de mistério e escuridão que os acompanham, emprestam ao que diz um interesse que é muito mais do que profissional”.

A filosofia procura verdades ou pelo menos tenta explicar porque está atrás dessas supostas exatidões e realidades. A solução que James pretendia oferecer é uma “coisa singularmente chamada de pragmatismo como uma filosofia que pode satisfazer a ambas as espécies de procuras”. Espremido entre as tradições do racionalismo e do empirismo, da teologia ortodoxa e do ceticismo que remonta à tradição aporética inglesa, cuja linhagem radica em Hume, essa filosofia pragmática “pode permanecer religiosa como os racionalismos, mas, ao mesmo tempo, como os empirismos, pode preservar a intimidade mais rica dos fatos”.

O pragmatismo sugere um método. Para o pensador norte-americano, “o método pragmático é, primariamente, um método...

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