Seja bem-vindo aos clubes da Zona Sul e deleite-se com as mordomias

Érica Magni (erica.magni@oglobo.com.br)Eles são redutos de puro lazer. Em muitos casos, o gosto de apreciar os momentos de ócio em clubes exuberantes vai passando de pai para filho, num ritual delicioso. E, sim, é naturalíssimo que se construa toda uma história de vida social dentro desses muros, onde a comodidade seduz o frequentador semanalmente. Em geral, os espaços em pontos caros da cidade têm características peculiares que agregam e mantêm um grupo seleto de contribuintes mensais, donos de títulos ou joias, compradas por valores relativamente altos, chegando hoje a até R$ 30 mil em alguns casos. Porém, a economia em si tem mudado a dinâmica administrativa desses gigantes; e a maioria dos clubes cariocas aprendeu a desenvolver estratégias para sobreviver.Uma delas é a quebra do paradigma de sócio de carteirinha. O que, para muitos, pode ser uma boa notícia, principalmente para quem sempre sonhou em adentrar esses universos particulares, mas achou que nunca poderia pagar pelos serviços exclusivos. O GLOBO-Zona Sul visitou alguns clubes que aceitam não sócios com assiduidade de associado. Então, anime-se, pois quase tudo é possível, seja alugar as dependências e os nobres salões de festas, fazer uso das quadras de esporte, organizar um churrasco com os amigos, frequentar as academias para definir os músculos, esticar-se naquela aula de ioga, ou talvez, quem sabe, tomar um drinque à beira da piscina, sentindo-se incluído finalmente nas rodas da alta sociedade.Chegou a vez de quem está interessado em sobrepujar as convenções da carteirinha. E as portas estão abertas ao dispor dos cariocas amantes de uma vida de maré mansa que vai além da praia.AABB - RIO Associação Atlética Banco do BrasilSe antes apenas funcionários do Banco do Brasil podiam frequentar as dependências da associação atlética, na Lagoa, hoje o panorama é completamente diferente. Tudo mudou durante o governo de Fernando Collor, quando houve corte de verba para a mantenedoria do clube. Daí ocorreu a necessidade de reinventar o espaço de 17.500 metros quadrados. Abriram-se, então, as portas para quem não era bancário virar sócio.- O processo foi se dando naturalmente, e o potencial da AABB-Rio pode ser cada vez mais explorado com versatilidade. Este mês, alugamos o espaço para o Comitê Paralímpico Brasileiro. Eles farão três dias de eventos em nossas dependências - diz Raimundo Azevedo, vice-presidente do departamento de esportes.As atividades são variadas: ginástica, badminton, tênis...

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