Sem fronteiras entre a vida e o palco

O palhaço Slava Polunin vive cercado, em Paris, pela mesma fantasia presente no show que traz ao Rio em julhoNani RubinEnviada especial a Crecy-la-Chapellenani@oglobo.com.brPalhaçada. Em casa, em Paris, Slava Polunin puxa o trailer com a cara de seu famoso personagem, o palhaço amarelo do "Slava's SnowShow", que chega ao Teatro Bradesco em 4 de julhoToque brasileiro. O quarto das netas, pintado pela dupla paulista osgemeos: projetos articuladosFotos de divulgaçãoO trailer na foto ao lado, que reproduz a caracterização de Slava Polunin como o palhaço Asisyai do "Slava's SnowShow", está pousado num dos cantos da imensa propriedade que o artista russo de 62 anos mantém em Crecy-la-Chapelle, 40 quilômetros a leste de Paris. O Moulin Jaune (Moinho Amarelo), com rio, represa e vastíssimos jardins, remonta ao século XII e ao passado agrícola da região, mas hoje reflete a personalidade do seu dono, comumente descrito pela mídia internacional como "o maior palhaço do mundo": um templo tibetano, uma tenda mongol, um vagão de trem usado por artistas mambembes do Leste europeu, um navio/restaurante inspirado no "Yellow submarine" dos Beatles, um barco-cama atracado no deque, um confortável casulo, enfiado entre árvores e forrado de peles. Tudo ali pode ser associado a fantasias, ao mirabolante que, por sinal, perpassa o espetáculo mais bem-sucedido de Slava, o "SnowShow", sucessão de cenas circenses com pegada onírica e um final apoteótico, em que bolas gigantescas são compartilhadas com o público depois de uma neve irmanar palco e plateia num ambiente mágico. O espetáculo inicia esta semana uma turnê por Belo Horizonte (de 28 a 30, no Palácio das Artes), Rio (4 a 7 de julho, no Teatro Bradesco Rio) e São Paulo (11 a 14 de julho, no Teatro Bradesco SP).- A casa é como eu gosto de viver. A minha ideia da vida é que ela deve ser como um teatro. Quero eliminar a fronteira entre a vida e a arte - diz Slava, que divide seu tempo entre o cenário deliciosamente amalucado de Paris, onde passa quatro meses por ano, a Rússia - onde, desde janeiro, é diretor artístico do Circo Estatal de São Petersburgo (leia quadro nesta página) - e as turnês pelo mundo; em sua casa francesa, ele favorece a atmosfera colaborativa que espera provocar com o espetáculo.encanto com charles chaplinO templo budista, por exemplo, foi presente de monges coreanos que, gratos com o show, lhe deram a construção. A pintura do trailer foi feita por um artista que passou um tempo hospedado lá; a de parte...

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