Contra o terror, Obama anuncia menos presos em Guantánamo e redução do uso de drones

O GloboCom agências internacionaisWASHINGTON - As ações em Guantánamo e o uso de aviões não tripulados - os drones - duas das grandes medidas que arranharam a imagem dos Estados Unidos fora do país, foram os principais temas abordados pelo presidente Barack Obama em seu primeiro grande discurso sobre combate ao terrorismo no segundo mandato, nesta quinta-feira. Interrompido várias vezes pelo protesto de uma ativista, que criticou a demora do governo em acabar com a greve de fome dos detentos da prisão em Cuba, Obama anunciou mais uma vez seus esforços no Congresso para acabar com as restrições em relação às transferências e suspendeu a proibição da remoção de presos para o Iêmen. Ele também prometeu uma redução significativa do uso de aviões não tripulados a partir do fim de 2014, quando tropas dos EUA devem deixar o Afeganistão - mas defendeu fortemente sua utilização como forma de proteger americanos e aliados.- Hoje, mais uma vez, pedi ao Congresso para acabar com as restrições sobre transferências de detentos de Guantánamo. Pedi ao Departamento de Defesa para designar um local nos EUA onde possamos manter as comissões militares. Estou nomeando um novo responsável no Departamento de Estado e no Departamento de Defesa, cuja única responsabilidade será a de conseguir a transferência de presos para outros países - afirmou. - E levantando a moratória sobre transferências de detentos para o Iêmen, para que possamos analisá-los caso a caso.A medida de impacto mais imediato - e uma das mais reclamadas pelas organizações de direitos humanos - é o fim da proibição de transferência de detentos para o Iêmen, suspensa desde 2009 após o fracassado plano de explosão de um avião comercial americano. O homem-bomba condenado, Umar Farouk Abdulmutallab, foi treinado no país. Os detentos do Iêmen são 90 dos 166 presos em Guantánamo, dos quais 56 estão liberados para transferência há anos por não serem considerados uma ameaça. Outros 30 prisioneiros de outras nacionalidades estão na mesma condição.A interrupção das transferências desde 2010 é o principal motivo da greve de fome praticada por quase todos os detentos atualmente, alguns deles há mais de três meses. Para o presidente, a prisão em Cuba tornou-se um símbolo em todo o mundo de um país que desrespeita o Estado de Direito dos cidadãos. Os EUA não transferem detentos para outros países sem receber garantias de segurança.- Imagine um futuro - daqui a dez ou 20 anos - quando os Estados Unidos ainda estejam mantendo...

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